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ESTOU

A VER-TE

Que é como quem diz a perceber o dolo. A forma pensada ao milímetro como a doemça se instalou e como ia rebentando com os miolos. A terrível mioleira das sopas de criança. Um nojo. Podia e devia escrever poemas suaves e puros, poemas gregos como os de Sophia sentada no seu jardim. Quem lhe tomava conta dos filhos? Ou será que deles se esquecia enquanto escrevia. A Sophia pharmácia. Porque pouco se avançou. Espero que o grande sonho das mulheres não seja casar e ter filhos. E se o desejarem? Que se protejam. Separação de bens e convenções anteriores ao que se pode revelar como uma imensa porcaria, "funesta" diria o poeta Quintais. Gosto deste nome, em português é apelido, porque me sugere ratazanas à cata de restos de comida. O comer. O comer. Estou-te a ver. E tenho a cabeça a latejar com dores do caraças. Vou servir-me de um dafalgan e procurar o meu banco no jardim para poder escrever como a Sophia com ph. As pessoas dizem: Ah, a Sophia e assim se aproximam daquela fragilidade aristocrata. De uma família endinheirada e sentem-se, as pessoas, endinheiradas. Especialmente Sophia com ph. A Phuta que os phariu. 

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