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As palavras que escrevi ao tempo desta imagem não me dizem nada pelo que não as irei transcrever. Há coisas, pessoas, pequenos botões de camisa -- mesmo de em madrepérola -- que ficam pelo caminho. Não se esquecem mesmo que permaneçam adormecidos [é o imprint? Apenas se aplica ao a que quem nos oferecia segurança], mas haverá sempre um momento destinado a ver passar o nosso pai morto e a nossa morte antecipada no cortejo funerário, no modo como o velho se agarra à bengala ou lê o jornal com a lupa. É deprimente e vivo. Depois enruga, perde a elasticidade e parte.
Mais tarde a memória tapa o que equivale a dizer que encobre.
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